Com A Cara Do Brasil.
Evento em Bento Gonçalves(RS) apresenta móveis e objetos de desing nacional inéditos no mercado.
Por: Daliane Nogueira
Fonte: GAZETA DO POVO – Caderno ViverBem, Setembro 2011
O que andou na cabeça dos designers brasileiros nos últimos meses ganhou forma e foi visto em primeira mão na Casa Brasil, evento bianual que aconteceuem Bento Gonçalvesno inicio de agosto. A feira – promovida pelo Sindicato das Indústrias Moveleiras de Bento Gonçalves (Sindimóveis), que é um dos pólos moveleiros do país – chega à terceira edição e se destaca pela curadoria rígida: apenas as empresas com produtos originais podem participar. “Não admitimos cópias. Passamos em todos os estandes para verificarmos se os produtos estão dentro dos padrões”, garante Maria Helena Estrada.
“A cada edição noto que há seleção de produtos mais refinados, que despertam o interesse de profissionais da área”, opina o arquiteto paranaense Luiz Maganhoto, que visitou a feira com o sócio Daniel Casagrande. Duas tendências mostraram-se fortes: muita cor e acabamento em laca por toda casa, dos móveis (soltos ou planejados) aos tecidos; e a possibilidade de customizar e personalizar os móveis. “As pessoas querem morar em um lugar único, por isso a decoração tem de ser ‘personalizável’ e, de preferência, os móveis precisam oferecer a possibilidade de mudança”, afirma o diretor de marketing da Casa Rima, marca de tecidos para decoração, Rafael Passos.
Na opinião do designer José Marton, que assina linhas para marcas famosas de móveis, essa possibilidade de personalizar a casa tem de se tornar acessível. Buscando a democratização de design ele lançou, durante a Casa Brasil, a marca M ao Quadrado, que propõe móveis em módulos e com preços baixos. “O produto precisa chegar aos lojistas de forma competitiva. Só assim consegue-se democratizar o acesso ao design de qualidade”, diz.
Reaproveitamento de sobras de materiais e propostas de diminuição do impacto ambiental mostraram o compromisso dos expositores com a sustentabilidade. “Notou-se essa preocupação até mesmo na montagem dos espaços, que apresentavam retalhos de madeira, sobras de vidro e tecido para decorar e ambientar. Tudo isso prova a criatividade dos profissionais envolvidos”, lembra o designer Daniel Casagrande.
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